quinta-feira, 7 de agosto de 2008

SÔDADE... SÔDADE (ler ao som da Cesária Évora)



Como disse ontem fui invadido pelo espírito de uma empregada doméstica que viveu há muitos anos em minha casa e morreu em circunstâncias misteriosas, que envolveram um dragão e um anão.

Por isso há dois dias que as minhas noites são passadas a abrir gavetas e a deitar fora papéis antigos. No meio de duas edições do jornal “O Século” do ano em que nasci, 1897- sim eu sou um viajante no tempo e amigo do Mulder - descobri 8 folhas agrafadas que pensava já terem ido para o lixo. Se naquele momento os 3 pastorinhos estivessem ao meu lado seria considerado milagre e iríamos dizer que na semana seguinte a Nossa Senhora iria aparecer no CCB a fazer um recital de dança do ventre.

Essas 8 folhas foram o primeiro livro que escrevi. Devia ter uns 7 anos. Lembro-me como se tivesse sido há 5 minutos que era verão, estava encostado no portão da casa dos meus vizinhos e a minha irmã andava de bicicleta na rua e sempre a perguntar-me quando é que ia parar de escrever para ir andar com ela de bicicleta.

A história chama-se “Morte na Casa Campo” e é um mistério estilo Poirot. Deixo-vos aqui hoje a primeira página e poderão ver como eu já na altura era a Michelle de Brito da escrita (sim, também tinha cabelo louro, comprido e encaracolado. Qual o problema? Nunca tiveram dúvidas sobre a vossa sexualidade?)
Ps - Prometo que fica para o próximo post tudo sobre o fim do novo livro.


Ps Comments - Fábio: não eram revistas Playboy as que deitei fora, mas sim a Gina de 1982; Joana: Bem-vinda a Lisboa; Sofia: sim, os toblerone são light, com recheio de creme; Miguel: nem o David Copperfield conseguiria descobrir o título do livro... brevemente vais perceber porquê.

2 comentários:

Anónimo disse...

Sete anos e já escrevias textos com oito páginas??? E com esta letra??? Desculpa dizer-te isto Francisco, mas és mesmo precoce. Primeiro, com esta idade e já pensas na velhice; e agora isto?

Essa do David Copperfield fez-me rir. Este título vai seguir a mesma linha a que já nos tens habituado: tudo menos comum? Ou será que a tarefa é assim tão difícil que não te consigas decidir por um? Se for esse o caso, há solução: deixas aqui algumas sugestões que nós teremos todo o gosto em dar a opinião.

Vá lá, não te esqueças de quebrar o suspense e desbobinar tudo sobre o livro. Isto já parece uma novela da TVI. Só falta a pergunta tão comum "quem matou o António" ou "quem é o tubarão".

eporquenaohoje disse...

Clap, clap, clap, clap!!!! (imagine o som das palmas)
Bem Francisco, estou a ver que a sua genialidade começou muito cedo..Vê-se que lia muito Agatha Christie...muito bem!!! Só não entendi muito bem porque é que o Francisco alterou o nome do Inspector de ThunderBird, para Pyto? (é Pyto não é, ou sou eu que não estou a perceber muito bem a letra?).

Também adorei o facto de haver um moço de recados...realmente o Francisco deve ter sido uma criança muito á frente...
Só tenho pena de não poder ler as restantes sete folhas...agora fiquei curiosa "Quem será o sabotador do carro do Inspector?" “Quem matou o marido da Mrs. Oregon?”...porque não inseri-las no novo livro...depois de lermos o livro e ficarmos boquiabertos, extasiados, logo a seguir encontravámos um capitulo que teria o título: "Born to be Wild"...e aí estaria a biografia do Francisco e essas maravilhosas 8 folhas a ilustrar....de certeza que ficariamos pelo menos meia hora a dizer "aaahhhhhh!" e se lá colocar uma foto sua de cabelo louro, comprido e encarolado, será a cereja no topo do bolo..."Ai que querido!! Ai que Fofinho!! O Francisco era o máximo quando piqueno!!"

Sofia